O aquecimento global pode mudar o gosto dos alimentos

As temperaturas mais altas não só poderiam impactar nosso suprimento de alimentos, mas, também, podem mudar o seu sabor.

Um novo relatório da Universidade de Melbourne compilou uma lista de muitos alimentos que estão ameaçadas pela elevação das temperaturas. Naturalmente, o relatório centrou-se especificamente na Austrália, que tem duradouras ondas de calor escaldante. 93% da sua oferta de alimentos vem do próprio país, portanto, quaisquer mudanças no clima podem afetar drasticamente o seu abastecimento.

“É definitivamente um alerta quando você ouve que a torrada e a geleia de framboesa que você come no café-da-manhã, por exemplo, podem não estar tão prontamente disponíveis daqui a 50 anos”, diz o professor adjunto Richard Eckard, da Universidade de Melbourne.

torradaegeleia[1]

Eckard e seus colegas descobriram numerosos alimentos que possivelmente mudarão em um futuro mais quente, incluindo:

  • Beterraba e cenoura não cultivam bem em clima quente e seco. Esperem por cenouras com menos sabor e textura pobre e beterrabas com menos cor.

    HELLOMOTO

  • Em áreas onde há umidade, bem como o calor, as batatas correm maior risco de serem atacadas por pragas.
  • A carne não está imune a ondas de calor também. Animais como galinhas e vacas podem ficar tão estressados com temperaturas mais elevadas como os seres humanos, e muitas vezes eles não têm ar-condicionado para se refugiar. O calor pode afetar o apetite, por isso, animais como galinhas não comem tanto ou engordam – ficando a carne mais dura, mais fibrosa.

    embutidos-medicocontesta.com_-800x533[1]

  • E por falar em carne, muitos animais têm os grãos como fonte de alimento. Infelizmente, o aumento das temperaturas e as secas podem levar a culturas atrofiadas de trigo e outros produtos, aumentando o preço de ambos os alimentos, os grãos e os animais que se alimentam deles.
  • Algumas das alterações mais drásticas poderão ser vistas no departamento de lacticínios. Os pesquisadores descobriram que as ondas de calor podem reduzir a quantidade de leite de vaca produzido em 10 a 25%, podendo diminuir em até 40% em condições extremas.