10 fatos incríveis sobre vulcões

Diversos desastres naturais, como tornados e tsunamis, são fascinantes e terríveis, mas os vulcões têm uma qualidade infernal única. Eles são mais do que apenas montanhas que cospem fogo; fazem parte de nossa cultura e moldam a terra em que vivemos. Confira:

10. O pássaro vulcânico

Maleo[1]

Nem todas as criaturas veem os vulcões como instrumentos de destruição. Um pássaro muito estranho depende deles para sobreviver. O Maleo é uma espécie altamente ameaçada de extinção que depende da energia geotérmica para incubar seus ovos. Durante a época de nidificação, o Maleo visa especificamente as áreas vulcânicas e utiliza o calor para chocar seus ovos. Eles fazem isso porque seus ovos são tão grandes – cerca de 5 vezes maior do que o tamanho de um ovo de galinha – que a fêmea (que tem apenas o tamanho de um pequeno pato) não conseguiria incubar por conta própria.

09. Deuses vulcânicos

hefesto[1]

Os vulcões foram muitas vezes associados com a divindade. Diferentes culturas que viveram em áreas altamente vulcânicas adoravam deuses do vulcão, sendo o mais famoso, provavelmente, Vulcano. Ele era o ferreiro dos deuses romanos, e morava na ilha vulcânica de Vulcano, o lugar que deu aos vulcões seu nome. Vulcano é essencialmente uma “releitura” de Hefesto, deus do fogo e do artesanato no panteão grego.

Por sua vez, havaianos, que vivem em uma das áreas de maior atividade vulcânica do mundo, adoram Pele, a deusa dos vulcões, como um de seus principais deuses. Segundo eles, uma luta entre Pele e sua irmã mais velha, Namakaokahai, foi o que criou os vulcões. Nativos americanos também possuem uma lenda semelhante, de um duelo entre os deuses Llao e Skell.

Talvez a lenda mais curiosa sobre adoração a vulcões venha do Império Asteca, onde os enormes vulcões gêmeos Popocatepetl e Iztaccihuatl foram humanizados. Os astecas construíram efígies dos vulcões com rostos humanos e os trataram com uma reverência semelhante à dispensada a reis humanos ou homens santos. Esta prática continua até hoje. A maior das montanhas é conhecida pelos moradores como Gregorio e normalmente é retratada como um cara grande com cabelo loiro longo e ondulado.

08. O vulcão de lava negra

lava-negra

O vulcão chamado Ol Doinyo Lengai é um forte concorrente para o prêmio de vulcão mais estranho do mundo. Este vulcão da Tanzânia é relativamente impressionante em tamanho e aparência, tendo 2.200 metros de altura. No entanto, o seu verdadeiro poder reside na sua lava.

O Ol Doinyo Lengai é o único vulcão do mundo conhecido por liberar “lava negra”, uma substância semelhante à lama chamada carbonatito escuro, que é diferente de qualquer coisa que outro vulcão libera. Os geólogos costumam comparar esta lava a algo que você pode encontrar em outro planeta. A lava de Ol Doinyo Lengai é significativamente mais fria que a lava comum (tendo cerca de 540 ° C).

07. Índice de explosividade vulcânica

810[1]

O índice de explosividade vulcânica (VEI) foi inventado em 1982 para descrever a destrutividade de erupções vulcânicas explosivas. O índice classifica cada evento vulcânico em uma escala que varia de 0 a 8. Erupções em uma escala de 0 a 2 são eventos diários ou semanais. Erupções de categoria 3 são classificadas como “graves”, e acontecem cerca de uma vez por ano.

Erupções de categorias 4 e 5 acontecem uma vez a cada década ou século. Seu poder destrutivo é cataclísmico e suas plumas podem chegar a 25 km de altura ou mais. As categorias 6 e 7 descrevem as erupções como “Colossal” e “Super-colossal”, respectivamente. Esses vulcões provocam tsunamis, arremessam pedras quentes a centenas de quilômetros de distância, e cobrem todo o céu com cinzas. A última erupção do tipo foi a explosão do Krakatoa, na Indonésia, em 1883, que matou 36 mil pessoas. Ela foi classificado como categoria 6.

Erupções do nível 8 são descritas como “Mega-colossais” e são pelo menos 100 vezes mais poderosas do que Krakatoa, podendo criar caldeiras do tamanho de um pequeno país. Felizmente, nenhuma erupção do tipo aconteceu na história da humanidade. Explosões VEI-8 ocorreram em Yellowstone (640.000 aC), Toba (74.000 aC), e Taupo (24.500 aC), bem como em vários outros locais ao redor do globo.

06. Tipos de vulcões

Muitas pessoas pensam em vulcões como simples montanhas que vomitam magma. No entanto, há três tipos distintos de vulcões, bem como um fenômeno que é muitas vezes considerado como um quarto tipo. Dos três vulcões clássicos do tipo montanhoso, o cone de cinzas é o que a maioria das pessoas pensa quando imagina um vulcão – uma montanha oca com uma parte superior aberta e um poço de lava.

O segundo tipo, vulcões compostos, são montanhas simétricas e íngremes compostas por várias camadas de abertura de lava, cinzas e outros materiais que, durante as erupções, muitas vezes formam enormes bombas que voam pelo ar.

O terceiro tipo, o vulcão-escudo, é mais comumente encontrado no Havaí. São montanhas relativamente planas que podem ter até 160 quilômetros de diâmetro. O interior de um vulcão-escudo é quase inteiramente composto por enormes fluxos de lava.

O quarto tipo nem sempre é categorizado como um vulcão. É um estranho fenômeno chamado cúpula de lava. Essas cúpulas são concentrações maciças de lava espessa. Após uma erupção, a lava é capturada por um vale ou caldeira, e é incapaz de fluir para muito longe. Embora pareça ser relativamente inofensiva, a formação de uma cúpula de lava é por vezes acompanhada de grandes erupções.

05. O lago vulcânico extremamente ácido

Kawah Ijen

Ijen é um vulcão ativo em Java. Devido à alta atividade vulcânica, o local tem concentrações de enxofre extremamente altas. Isso tem proporcionado a área uma constante fonte de mineração. Isso também lhe deu um dos lagos mais infernais do mundo.

A cratera do vulcão é preenchida com água. É chamada Kawah Ijen, e é o maior lago ácido do mundo. Todo o lago foi contaminado por enxofre, transformando-o em ácido sulfúrico mortal. O pH da água do lago é 0,5, capaz de estragar quase qualquer coisa, até mesmo metais. Seus vapores são letais, e a respiração é difícil mesmo com uma máscara de gás.

04. O vulcão que nasceu em uma noite

Paricutin[1]

Vulcões são particularmente assustadores porque eles podem aparecer em um instante. Um bom exemplo disso é o vulcão mexicano Paricutin. Em 1943, os agricultores começaram a ouvir estranhos ruídos estrondosos e encontraram uma longa rachadura no chão. No princípio, eles não se preocuparam. No entanto, os ruídos se aprofundaram, a rachadura se alargou, e a terra começou a subir. Em poucas horas, o chão começou a tossir enxofre e cinzas. Um vulcão tinha nascido literalmente durante uma noite.

Inicialmente, o vulcão não tinha mais que 1,8 metros de altura, mas Paricutin cresceu rapidamente. Apenas 24 horas depois, sua altura era de 50 metros. Seis dias depois, ele dobrou de tamanho. E cuspia lava a todo instante. Embora o vulcão fosse relativamente pequeno, as áreas circundantes, incluindo a cidade vizinha de San Juan, foram lentamente consumidas pelo fluxo de lava, e os moradores tiveram que ser evacuados.

Enquanto isso, Paricutin se tornou internacionalmente famoso – geólogos e turistas se reuniam para observar o jovem vulcão. Eles tiveram muito tempo para olhar para ele – Paricutin entrou em erupção continuamente por 9 anos. No momento em que morreu, ele tinha coberto 25,9 quilômetros quadrados de terra fértil com um invólucro de lava espessa.

03. Mauna Kea e Mauna Loa

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Ao discutir vulcões, os gigantes Mauna Kea e Mauna Loa devem ser mencionados. Eles são enormes vulcões que dominam a ilha do Havaí. Na verdade, eles são tão grandes que eles formam a maior parte do Havaí.

O mais alto dos dois, o Mauna Kea (inativo), se ergue a 4.205 metros acima do nível do mar. No entanto, grande parte da sua massa está debaixo d’água. Quando medido a partir do fundo do oceano, o Mauna Kea tem bem mais de 9.000 metros de altura, tornando-se facilmente o vulcão mais alto do mundo. Na verdade, é uma montanha mais alta que o Monte Everest (que tem 8.850 metros de altura).

O Mauna Loa, por outro lado, é muito ativo. Embora só se eleve a 4.170 metros acima do nível do mar, ele é muito mais massivo, compondo cerca da metade da ilha do Havaí. Com 96,5 km de comprimento e 48 km de largura, este volume monstruoso de rocha vulcânica é um espetáculo que entrou em erupção 39 vezes. A última erupção foi em 1984, e o vulcão está mostrando sinais de que irá acordar mais uma vez.

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02. O vulcão de lama Gwadar

vulcao-de-lama-Gwadar

Em 24 de setembro de 2013, um terremoto de 7,7 graus na escala Richter sacudiu o fundo do mar, perto do Paquistão. Poucas horas depois, surgiu uma nova ilha no mar. A ilha oval de 91 metros veio aparentemente do nada, e emite gás inflamável, fato que a torna perigosa para explorar.

Ela foi criada pelo aparecimento súbito de um vulcão de lama – um vulcão que vomita lama quente em vez de lava comum. Uma vez que o vulcão estava no fundo do oceano, a lama foi rapidamente resfriada pela água, formando uma ilha.

01. Efeitos vulcânicos climáticos

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Os efeitos a curto prazo de vulcões, como chuvas de fogo e rios de magma, são aterrorizantes o suficiente, mas eles também têm efeitos a longo prazo bastante medonhos. Processos naturais como erupções vulcânicas podem muito bem ser uma influência importante sobre a mudança climática.

Existem três tipos principais de efeitos que influenciam a mudança climática: efeito do ozônio (onde a luz solar quebra oxigênio em ozônio na estratosfera, o que lhe permite desviar os raios ultravioleta do sol), o efeito estufa (onde gases ficam presos na atmosfera e causam aquecimento), e o efeito neblina (onde partículas de poeira e cinzas ficam presas na atmosfera, bloqueando a luz solar e causando resfriamento).

A atividade vulcânica pode contribuir para cada um destes efeitos, já que destroem a liberação de ozônio, soltam dióxido de carbono, um gás de efeito estufa notório, além de liberarem uma grande quantidade de cinzas. Por conta deste último fator, seu maior impacto é certamente sobre o efeito neblina. Estranhamente, isso significa que uma explosão vulcânica suficientemente grande poderia esfriar, ao invés de aquecer, o planeta.

[Mistérios do mundo, O nosso jornal]