Vídeo surpreendente capta o momento em que o sistema imunológico ataca um verme

A cada segundo seu corpo está silenciosamente trabalhando duro para protegê-lo de infecções e doenças. E agora, esse processo poderoso foi captado em um time-lapse que revela o quão agressivo glóbulos brancos podem ser.

Nas imagens, as células lançam um ataque sincronizado em um verme com uma precisão ao estilo militar. A filmagem em time-lapse foi capturada por Steven Rosen e seus colegas da Universidade da Califórnia, San Francisco, durante um período de 80 minutos. Ela mostra glóbulos brancos de um rato atacando um verme conhecido como Caenorhabditis elegans. O caroço preto no canto superior direito (imagem destaque) são detritos usados como uma amostra de controle, a fim de determinar se os glóbulos estavam atacando especificamente o verme ou simplesmente um corpo estranho.

O estudo teve como objetivo determinar se um tipo específico de célula branca do sangue, conhecida como granulócito eosinófilo, atacaria vermes incluindo os Caenorhabditis elegans (C. elegans). Granulócitos eosinófilos foram escolhidos para o estudo porque eles abordam predominantemente parasitas, células cancerosas e ajudam controlar alergias e asma. Tal como acontece com outras células brancas do sangue, desenvolvem-se na medula óssea antes de migrarem para o sangue.

Eles se diferem dos monócitos, que ajudam a quebrar as bactérias, dos linfócitos, que criam anticorpos para se defender contra os vírus, e dos neutrófilos, concebidos para matar e digerir bactérias e fungos. Além disso, dos basófilos, que são utilizados para avisar sobre organismos infecciosos no sangue. Eles secretam substâncias químicas, tais como a histamina, para ajudar a controlar a resposta imune do corpo.

Para fazer a experiência, os cientistas suspenderam o verme em um gel antes de adicionar eosinófilos da medula óssea de um rato. Eles também colocaram as células em géis contendo um polímero conhecido como agarose e grânulos de Teflon.

Depois de uma hora, os pesquisadores disseram que “milhares” de eosinófilos tinham se acumulado ao redor do verme – como uma colônia de formigas -, mas não atacaram o polímero. O último experimento (com o polímero) foi realizado para testar se era o verme que as células foram atacar, ou simplesmente um corpo estranho.

Esta acumulação também foi vista em géis de colágeno, com vermes que tinham sido mortos por calor ou formaldeído, e com os eosinófilos tomadas a partir do sangue ou do baço de camundongos. A filmagem abrange um período de 80 minutos, e as imagens foram capturadas a cada 30 segundos e exibidas em uma taxa de 15 quadros por segundo.

Em um segundo timelapse, os eosinófilos da medula óssea são mostrados em vermelho e o verme C. elegans  é retratado em verde. Igualmente, mostra as células atacando o verme ao longo de 60 minutos, com imagens sendo recolhidos a cada 20 segundos.

Em cerca de 54 minutos, o verme é visto “fugindo” de um grande grupo de eosinófilos e movendo-se cerca de 100 micrômetros para a direita.

Os resultados foram publicados no Journal of Experimental Medicine.