Cientistas descobrem acidentalmente uma incrível superfície que mata bactérias

Graças a uma nova descoberta de cientistas australianos, livrar-se de germes rastejantes pode ficar ainda mais fácil, sem exigir uma gota de desinfetante.

Trata-se do silício negro: o material foi descoberto na década de 1990 por pesquisadores de Harvard, mas cientistas só encontraram suas propriedades antibacterianas depois de estudar as asas de cigarras e libélulas.

Eles notaram que, nessas asas, existem nanoestruturas na forma de pequenos pilares que destroem e matam todas as bactérias que tentam se estabelecer nelas. O silício negro (imagem destaque), com “espinhos” de apenas 500 nanômetros de altura, tem a mesma propriedade: as bactérias literalmente não conseguem tocar a superfície sem serem destruídas pelos espinhos.

Nanoestrutura das asas da libélula (imagem acima, à esquerda) e bactérias destruídas por essas estruturas (imagem abaixo, à direita)

Nanoestrutura das asas da libélula (imagem acima, à esquerda) e bactérias destruídas por essas estruturas (imagem abaixo, à direita)

Mas há um inconveniente em potencial. O silício negro é bastante útil em sensores de câmera e em células solares, mas ele ainda não se tornou um produto amplamente comercializado. Por isso, ele poderia ser caro para produzir em grande escala.

células solares feitas de silício preto

células solares feitas de silício preto

Felizmente, os cientistas que descobriram as propriedades antibacterianas do silício negro dizem que poderão produzir nanomateriais sintéticos que teriam o mesmo efeito. Seria ótimo para hospitais e até mesmo para maçanetas de porta.

Veja a seguir um vídeo que simula a destruição das bactérias na asa de uma cigarra:

[Gizmodo, Youtube]