Cientistas identificam explosão cósmica mais brilhante já vista

Uma explosão cósmica provocou a morte de um estrela gigante que estava sendo estudada pelos cientistas.

A explosão da radiação, conhecida como explosão de raio gama, foi registrada no começo do ano por telescópios posicionados no espaço, e foi recentemente confirmada como a mais brilhante já vista.

Pesquisadores acreditam que a estrela possui de 20 a 30 vezes uma massa superior à do Sol.

As descobertas foram publicadas na revista científica “Science”.

‘Vivendo feliz’

Os pesquisadores afirmam que a luz da explosão demorou quatro bilhões de anos para chegar à Terra.

O astrônomo Paul O’Brein, da Universidade de Leicester, disse: “Esses acontecimentos podem ocorrer em qualquer galáxia a qualquer tempo. Mas não temos nenhuma forma de prever isso.”

A explosão enorme da estrela foi captada pelos telescópios espaciais Swift e Fermi.

Ela teria durado menos de um minutos e espalhado radiação ao seu redor.

“A estrela estava ‘vivendo feliz’, fundindo matéria em seu centro. E de repente, acabou ficando sem ‘combustível'”, explica O’Brien.

O centro da estrela teria sido engolida por um buraco negro, liberando muita energia na explosão de raio gama.

Uma onda de explosão teria feito com que a estrela se expandisse, criando outro acontecimento visual, conhecido como supernova.

“Podemos ver a luz se apagando – o final dos dois acontecimentos – por semanas ou até mesmo meses.”

Apesar de a explosão ter acontecido razoavelmente “perto” do planeta Terra, a radiação não traz qualquer tipo de perigo. A energia não seria capaz de atravessar a atmosfera do planeta com intensidade.

Mas caso a explosão tivesse acontecido a uma distância de mil anos luz, a radiação poderia danificar a camada de ozônio, o que teria consequências graves para a vida na Terra.

“A previsão é que deve ocorrer uma explosão de raio gama perto da Terra a ponto de nos colocar em perigo a cada 500 milhões de anos”, diz O’Brien.

“Em algum momento na história da Terra, nós provavelmente fomos atingidos por radiação de uma explosão de raio gama, e isso vai voltar a acontecer em algum ponto no futuro. Mas as chances de isso acontecer durante o período em que estamos vivos agora são muito pequenas.”

[UOL]