Maior cocô de dinossauro já encontrado irá à leilão

O cocô de dinossauro mais longo do mundo está cotado para ir a leilão nessa semana. O excremento fossilizado foi encontrado em Lewis County, em Washington, EUA. O leilão irá começar no dia 22 de julho e os organizadores esperam arrecadar mais de R$ 22 mil com a peça.

Chamado cientificamente de coprólito, esse tipo de material pode fornecer incríveis dados sobre a dieta dos animais. Infelizmente, a pesquisa inicial sobre o material que irá a leilão não conseguiu identificar de qual espécie de dinossauro é o excremento e sua datação ainda está confusa.

“Este exemplar verdadeiramente espetacular é, possivelmente, o mais longo coprólito – fezes fossilizadas de dinossauro – já oferecido em leilão”, disse Josh Chait, porta-voz dos organizadores do evento. “Ele possui uma maravilhosa coloração marrom-amarelo-pálido e uma textura detalhada em toda sua extensão. A espécie responsável pelo objeto é desconhecida”, complementou.

Também estarão à venda uma seleção de cinco forma de fezes de tartarugas antigas, cotadas pelo valor que vai de R$ 8 mil a R$ 13 mil.

“Embora muitas vezes seja impossível dizer qual espécie produziu estas fezes petrificadas fascinantes, supõe-se que os bons exemplares encontrados em uma pequena área do estado de Washington são de uma tartaruga do Mioceno”, disse Chait.

Alguns pesquisadores acreditam também que, ao invés de ser um coprólito, ele seja um tipo de fezes que se formou dentro do intestino do animal e ali permaneceu ressecado até sua morte.

Por que é tão difícil encontrar cocô de dinossauros?

A falta de grandes quantidades de fezes fossilizadas de dinossauro tem confundido os cientistas há anos. No entanto, os pesquisadores eslovacos acreditam que a resposta está na dieta das baratas, que podem ter comido milhões de resíduos de dinossauro.

Usando métodos de imagem de ponta, os cientistas descobriram partículas de madeira dentro do intestino de uma barata antiga, que eles acreditam que tenham vindo das fezes de dinossauros.

Pesquisadores da Academia Eslovaca de Ciências, na Eslováquia, afirmaram que os dinossauros certamente produziam grande quantidade de fezes, mas ainda hoje fósseis desses resíduos não são amplamente descobertos.

“Apesar de parecer trivial, baratas, uma das ordens de insetos dominantes durante o Mesozóico, nunca foram analisadas como representando os melhores candidatos para os processadores parciais de esterco de dinossauro”, declarou a equipe, de acordo com o britânico DailyMail.

[Jornal Ciência]