Especialistas afirmam terem provas de uma versão mais jovem de Mona Lisa

Pesquisadores revelaram uma versão mais jovem da famosa e inconfundível Mona Lisa.

Com sede em Zurique, a Mona Lisa Foundation mostrou para o público a chamada Isleworth Mona Lisa, afirmando que a análise matemática dos traços provou que foi pintada por Leonardo da Vinci.

Mas outros especialistas não estão convencidos. O professor Martin Kemp da Universidade de Oxford, disse à BBC: “Não há base para pensar se houve um retrato mais jovem”.

Ele continua: “O quadro mostra detalhes sutis comparado com o original, incluindo um véu, cabelo, uma camada mais translúcida em seu vestido e estruturas diferenciadas nas mãos”.

A paisagem é desprovida de sutileza atmosférica. A cabeça, como todas as outras cópias já vistas, não captura a indefinição profunda do original. Uma análise científica não pode afirmar se foi feita por Leonardo”.

O historiador Stanley Feldman também discorda: “Não existem testes científicos que possam afirmar que a pintura é original. Temos usado métodos que não estavam disponíveis para Leonardo há 500 anos”.

A pintura Isleworth – que também retrata uma mulher jovem com sorriso enigmático – é um pouco maior, foi pintada em tela com cores mais brilhantes do que o famoso quadro que está protegido no Museu do Louvre em Paris.

A postura, posição das mãos, rosto, expressões e roupas são muito semelhantes, mas a paisagem de fundo é levemente diferente.

A fundação afirma que a pintura apareceu na casa de um nobre inglês no final de 1800 e foi enviada para os Estados Unidos para ser guardada durante a Primeira Guerra Mundial.

Após a guerra, foi levada para a Itália para ser analisada e depois para a Suíça, onde ficou guardada no cofre de um banco por mais de 40 anos.

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+ Sobre Mona Lisa

Gioconda é um título alternativo usado para Mona Lisa. O verdadeiro nome seria Lisa Gherardini, esposa de um rico comerciante Francesco Del Giocondo, morador de Florença, Itália.

Com a morte de Leonardo em 1519, a versão que está guardada no Louvre, foi vendida por Salai, assistente do pintor, para o rei Francisco I da França. O quadro permaneceu na coleção real até a Revolução Francesa em 1789, quando foi transferido para o museu em Paris.

Durante a Segunda Guerra Mundial, saiu da França para evitar danos. Passou por Nova York, Washington, Tóquio e Moscou.

Ele manteve o quadro em seu apartamento por dois anos e só foi descoberto quando tentou vendê-lo.Em 1911 foi roubado por um funcionário do Louvre, o italiano Vincenzo Peruggia. O roubo foi arquitetado de forma patética: ele se escondeu em um armário de vassouras durante o dia, saindo após o fechamento do museu. Ele retirou o quatro e o envolveu em seu casaco.

Em 1956, uma garota atingiu o quadro com ácido e atirou uma pedra. Mona Lisa então foi coberta por uma camada de vidro à prova de balas. No ano de 1974, uma mulher com problemas físicos, em protesto contra as políticas do museu para visitantes com deficiência, atirou tinta vermelha na imagem.

Dessa vez o vidro protegeu, mas as tentativas não pararam por aí. Há 3 anos uma turista russa irritada com um francês jogou uma xícara no quadro para ficar mais calma. Novamente o vidro protegeu.

[Jornal Ciência]