Estufas subaquáticas oferecem solução criativa para a crise alimentar

Há, de verdade, um polvo neste jardim.

Durante os últimos anos, de maio a setembro, algumas pequenas caixas transparentes apareceram no fundo do mar ao largo da costa da Itália.

As estruturas subaquáticas são estufas, ancoradas a 20 pés abaixo da superfície da água, contendo ar e pequenas quantidades de culturas. Ao contrário de jardins terrestres, não há pragas e os únicos animais vistos neste jardim são alguns cavalos marinhos, caranguejos, e, sim, polvos.

“Eu tento fazer algo que é um pouco diferente e para mostrar a beleza do oceano”, disse Sergio Gamberini, inventor dessa estufa,  ao Washington Post. “Espero fazer algo para os jovens e para inspirar novos sonhos.”

Esta iteração específica das estufas é chamada Jardim do Nemo, parte da Expo 2015 em Milão, um grande encontro de representantes de diferentes nações, todos focados em uma pergunta: como alimentar o mundo de forma sustentável no futuro.

Gamberini e sua família, que possui uma empresa de equipamentos de mergulho chamada Ocean Reef Group, mantém uma patente do design das estufas, que eles estão lentamente aperfeiçoando. Eles esperam que, um dia, sua tecnologia, que mantém as plantas a temperaturas e umidade quase constantes, pode ser uma opção viável para áreas do mundo sem muita terra arável.

Entretanto, as culturas de manjericão, feijão e morangos foram pequenas demais para qualquer coisa a mais do que as grandes tigelas de pesto. Mas, isso soa muito bem.