Sorvete projetado para pingar lentamente não é uma realidade distante

Muito ocupado perseguindo gotas para desfrutar o seu sorvete? Em agosto, duas universidades do Reino Unido anunciaram que iriam chegar a uma solução, com uma pequena ajuda de bactérias.

Origens

Certos tipos de bactérias protegem-se dos ataques de outros micróbios através da produção de um biofilme – uma camada repelente de água que funciona como uma capa de chuva microbiana. Os pesquisadores isolaram uma proteína responsável pelos biofilmes, BslA, a partir da Bacillus subtilis, uma bactéria encontrada na sujeira.

Execução

Quando o sorvete aquece, a gordura e o açúcar se separam (como azeite e vinagre). Isso faz com que bolhas de ar escapem e cristais de gelo derretam. Quando os cientistas adicionaram BslA ao sorvete, a gordura e o açúcar permaneceram misturados, então a matriz de gelo e ar ficou no lugar por mais tempo. O sorvete vazou normalmente, mas pingava mais lentamente à medida em que aquecia.

Futuro

Nenhuma palavra sobre a palatabilidade ainda. “Eu continuo lutando contra as pessoas no meu laboratório para deixar-me prová-lo, mas até agora eu não pude”, diz o físico biomolecular Cait MacPhee. Embora a BslA seja segura para comer – Bacillus subtilis é usada para fazer natto, um prato de soja fermentado no Japão – os cientistas ainda estão realizando testes. Se o processo puder ser aumentado a uma escala industrial, o gotejamento lento do sorvete pode chegar ao freezer em apenas três anos.