Qual é a temperatura mais alta que a Ciência já conseguiu produzir?

Os físicos que trabalham no LHC – Grande Colisor de Hádrons – realizaram nova façanha. Após revelar ao mundo a possível descoberta do bóson de Higgs, também denominada “partícula de Deus”, os físicos quebraram um recorde de temperatura.

O experimento foi realizado utilizando colisões de íons pesados como o chumbo, criando em uma fração de segundos um plasma de quark-glúon com a temperatura de 5,49 trilhões Kelvin.

Na verdade, a confirmação do recorde ainda é um pouco incerta. A equipe de físicos apresentou o trabalho científico em uma conferência que aconteceu em Washington, EUA, anunciando a quebra do próprio recorde, anteriormente de 4 trilhões Kelvin. Segundo os cientistas, os dados só foram divulgados agora por medida cautelar, pois é muito delicado fazer medições em temperaturas tão elevadas.

O plasma de quark-glúon foi descoberto em 2000 e são muito interessantes pelo fato de replicarem as condições que possivelmente ocorreram microssegundos após o evento do Big Bang. Esses plasmas só existem quando a temperatura e a densidade são extremamente altas, permitindo que os componentes básicos da matéria, os quarks e os glúons, fiquem livres.

A equipe do CERN compete sobre os registros de altíssimas temperaturas com o Relativistic Heavy Ion Collider, do Laboratório Nacional de Brookhaven, em Nova York, há muitos anos. Em 2005, os pesquisadores americanos descobriram um tipo de plasma que se comporta como um líquido sem atrito e até já publicaram dados relativos à forma como esse plasma se transforma em uma matéria regular.

Segundo Steven Vignor, pesquisador do Brookhaven, “há fortes indícios de que os experimentos têm sido capazes de atravessar fronteiras inimagináveis, mas eles são cautelosos, buscando dados convincentes para fazer uma declaração oficial”, de acordo com a Wired UK.

[Jornal Ciência]