E se na sua próxima viagem de comboio, ele não só acelerasse ao longo da paisagem tão rápido quanto o vento, mas ele realmente fosse alimentado pela brisa? Se você viajar em um trem na Holanda, em 2018, essa pode ser apenas sua realidade.
Devido a um acordo escrito em 2014, a partir deste ano cerca de metade dos trens elétricos nos Países Baixos funcionarão com energia eólica. Mas, o contrato entre as empresas ferroviárias e os fornecedores de energia destina-se a empurrar esse número pra cima. Como relata a Railway Technology, o acordo prevê os trens rodando completamente por energia eólica até 2018. A energia será gerada a partir de parques eólicos no país, mas, também na Bélgica e países escandinavos nas proximidades.
A ferrovia, que transporta 1,2 milhões de passageiros por dia, lançou cerca de 550 mil toneladas de dióxido de carbono antes de começar a mudança para a energia eólica no início deste ano. A esperança é diminuir esse número a zero. A diminuição vem na hora certa. Cidadãos holandeses recentemente processaram seu governo para reduzir as emissões de CO2 para níveis 25% mais baixos do que aqueles em 1990 até o ano de 2020. Cortar todo o CO2 de trens até 2018 é um passo nessa direção.
Vai ser um longo caminho antes de trens movidos a vento chegarem aos Estados Unidos. Atualmente, as empresas de energia eólica na América estão se concentrando em uma etapa anterior do processo; na verdade, na construção dos parques eólicos. O ponto mais próximo de interseção entre as indústrias de energia eólica e as de transporte parece estar na tentativa de descobrir como transportar as peças enormes das turbinas dos fabricantes para o local da construção. Com algumas lâminas de turbina pesando milhares de quilos e medindo mais de 50 m de comprimento, apenas ir do ponto A ao ponto B requer um pesadelo de logística de caminhões e trens convencionais.
Uma vez que os parques eólicos forem onipresentes, as empresas ferroviárias podem decidir seguir o modelo holandês. Nesse meio tempo, os Estados Unidos estão desenvolvendo locomotivas mais eficientes que liberam menos poluentes para o ar. Pode não ser trens movidos a vento, mas é um começo.