Morre um dos últimos rinocerontes brancos do norte

Com a morte de um macho de 44 anos de idade chamado Angalifu, existem apenas cinco rinocerontes brancos do norte no ocidente, de acordo com o San Diego Zoo Safari Park, que  tuitou a notícia junto com a foto acima, no domingo. Ele veio para a Califórnia do Jardim Zoológico de Khartoum, no Sudão, em agosto de 1990, e morreu de velhice.

“A morte de Angalifu é uma tremenda perda para todos nós”, disse Randy Rieches, curador do parque, em um comunicado. “Não só porque ele era muito amado aqui no parque, mas também porque a sua morte deixa essa maravilhosa espécie a um passo de extinção.”

Os rinocerontes brancos do norte (Ceratotherium simum cottoni), também conhecidos como o rinoceronte de lábios quadrados, já viveram em toda as partes de Uganda, Chade, Sudão, República Centro-Africano e República Democrática do Congo. Sendo o segundo maior animal terrestre, pode chegar a quase dois metros de altura, e os machos podem pesar até 3.600 kg. Mas seus chifres são valorizados para fazer punhais e como afrodisíacos, e as gangues de caça ilegal têm eliminado a espécie nas últimos cinco décadas ou mais.

Os cinco restantes são encontrados no jardim zoológico de San Diego (uma fêmea chamada Nola), um em Dvur Kralove Zoo, na República Tcheca, e três em uma reserva no Quênia. Estes – um macho chamado Sudão e duas fêmeas nomeados Najin e Fatu – foram enviados para o Quênia na esperança de que eles se reproduzissem em um ambiente mais natural.

As tentativas de acasalar Angalifu com Nola fracassaram e, na semana passada, os preservacionistas do Ol Pejeta Conservancy, no Quênia, disseram que um macho e duas fêmeas não reproduzem naturalmente. “A aferição do ciclo estral das fêmeas é difícil”, diz Rieches. “O rinoceronte é uma das espécies que nós ainda estamos trabalhando para fazer inseminação artificial”. A fertilização in vitro pode ser a única esperança de manter a espécie viva.

Populações consideráveis de rinoceronte branco do sul (C. s. simum), uma história de sucesso de conservação, podem ser encontradas na África do Sul, com populações menores reintroduzidas, que vivem em toda a metade sul do continente. Uma das fêmeas poderia tornar-se mãe de aluguel para as subespécies do norte.