Você confiaria em um drone com o seu sangue? Um novo estudo do Hospital Johns Hopkins mostra que, pelo menos, para fins de teste, um pequeno robô pode transportar com segurança uma pequena quantidade de sangue, sem danificá-lo. O estudo foi para provar uma ideia, talvez com o objetivo secundário de obter “sangue” e “drone” em uma manchete juntos. Também é provavelmente uma boa notícia para os pacientes que precisam de cuidados médicos nas áreas rurais, já que o transporte do sangue de forma segura através do céu poupa dos perigos ou dos atrasos que podem vir a ocorrer nas estradas intransitáveis.
O estudo foi feito em uma colaboração entre o Johns Hopkins e a Universidade Makerere, de Uganda, e chefiada pelo patologista Timothy Amukele, do Johns Hopkins. O sangue poderia ser danificado no transporte, mas o vôo do drone não pareceu prejudicá-lo. Do lançamento do estudo :
Particularmente, a preocupação relacionada ao uso de drones, observa Amukele, é a aceleração súbita no lançamento do veículo e os empurrões quando o drone aterrissa. “Tais movimentos poderiam destruir as células sanguíneas ou impelir o sangue a coagular, e eu pensei que todos os tipos de exames de sangue poderiam ser afetados, mas nosso estudo mostra que eles não são, o que é ótimo”, diz ele.
Para testar o impacto das viagens no sangue, os pesquisadores retiraram mais de 300 amostras de sangue (seis de cada um dos 56 voluntários), e as conduziram para um lugar a uma hora de distância. Em seguida, metade das amostras de sangue foram embaladas para viajarem com os drones, voando entre 6 e 38 minutos. Depois de seus vôos, as amostras foram descarregados, em seguida, todas – incluindo as que não viajaram no drone – foram conduzidas de volta ao hospital para testes. Não foram encontradas diferenças significativas entre as amostras que voaram e as que não.
Com a prova da ideia feita, uma pesquisa futura poderia testá-la em áreas rurais, onde drones poderiam entregar remédios para centros de testes distantes, mais rapidamente do que de carro ou a pé.