As criaturas mais incríveis da pré-história

Na sua tentativa de reconstruir o passado da vida, o homem têm como seu objetivo compreender e interpretar esse passado, além de estabelecer seu relacionamento com o presente.  Para isso, os paleontólogos utilizam fósseis como objeto de estudo, os quais permitem conhecer a vida em outras épocas.

Fósseis, em um sentido mais amplo, são quaisquer vestígios deixados por seres vivos. Se você colocar a sua mão em uma camada de lama e depois retirá-la e, por um milagre ela resistir ao tempo, você também terá um fóssil.  Muitas pessoas pensam que o registro fóssil é caracterizado apenas por ossos fossilizados, porém, não é assim.  Discussões à parte, o importante é que existem fósseis. Através destes, podemos contemplar a beleza que havia antigamente no planeta Terra, bem como valorizar ainda mais a beleza existente.

Confira abaixo algumas das mais incríveis espécies da pré-história:

Quetzalcoatlus

Quetzalcoatlus[1]

Diretamente do Cretácico superior, o Quetzalcoatlus é um pterossauro que habitava a América do Norte há cerca 84-65 milhões de anos. Foi o maior pterossauro conhecido e tinha a maior envergadura de qualquer animal voador conhecido. É nomeadoQuetzalcoatl devido a serpente emplumada da mitologia asteca.

O pterossauro tinha o tamanho de uma girafa, isto é, tinha uma envergadura de 12 metros. Ele podia atravessar pradarias abocanhando pequenos dinossauros, assim como uma ave moderna pode alvejar rãs e sapos.

Dunkleosteus terrelli

Dunkleosteus-terrelli[1]

Há mais de 360 milhões de anos, o Dunkleosteus terrelli era um dos manda-chuvas dos oceanos, isto é, ele era um predador voraz.   Viveu durante o período Devoniano, mais conhecido como Idade dos Peixes, pela grande biodiversidade marinha que existiu nesse período.  Tinha a cabeça e o tórax coberto com placas duras parecidas com uma blindagem que chegavam a 5 cm de espessura, embora a cauda ainda não foi encontrada.

Plesiossauro

Plesiossauro[1]

Plesiossauros não são uma espécie, mas sim uma ordem de várias espécies de répteis marinhos extintos. Dois tipos ecológicos de plesiosauros podem ser distinguidos, o primeiro é composto por animais de pescoço longo e cabeça pequena, enquanto o segundo continha animais de pescoço curto e cabeça alongada. Ambas possuíam o tronco rígido e pesado, membros que funcionavam como remos e as narinas localizadas no alto da cabeça, imediatamente em frente aos olhos.

Eram predadores extremamente vorazes,apanhando peixes velozmente.

Archaeopteryx

Archaeopteryx[1]

Embora também não seja uma espécie, mas sim um gênero de aves primitivas, as espécies do gênero Archaeopteryx são de extrema importância para a ciência, pois ligam dinossauros à aves. Embora possuísse penas, ela não voava. Até hoje, o mais famoso desse gênero é o A. lithographica.

A excelente conservação desta ave-dinossauro é um dos aspectos mais marcantes, daí sendo possível obter muitos dados a partir de um único fóssil, já que aves-dinossauros são relativamente raros na paleontologia.

Entelodon

Entelodon[1]

Entelodon é parente dos atuais porcos e javalis, porém, é muito mais agressivo que estes. As evidências apontam que o Entelodon era um onívoro, isto é, se alimentava de  tudo, porém, acredita-se que eram caçadores, chegando a competir com os ancestrais dos lobos.  Pesavam cerca de 1 tonelada, o que lhes davam uma vantagem perante os demais competidores do mundo natural.

Como muitos mamíferos do período Eoceno – apenas 30 milhões de anos ou mais depois que os dinossauros foram extintos – o Entelodon também tinha um cérebro muito pequeno para seu tamanho, e provavelmente não foi o mais brilhante onívoro no bloco pré-histórico.

Megatherium americanum

Megatherium-americanum[1]

Conhecido simplesmente como Megatério, ou Besta gigante, é um ancestral pré-histórico do bicho-preguiça e, devido a seu tamanho, foi chamado de Megatherium americanum (do grego, mega=grande e therion=besta).  Era do tamanho de um elefante de porte médio e comia folhas como tal, em enormes quantidades. Passava o dia todo comendo folhas de árvores e arbustos, utilizando sua língua comprida para obtê-las e manejando os galhos com suas garras que eram grandes e fortes.

Os exemplares adultos superavam os 6 metros de altura e pesavam várias toneladas. Os habitantes da Idade da Pedra compartilharam sua existência com as últimas preguiças gigantes viventes. Geralmente, estes seres faziam parte de um ecossistema conhecido como megafauna.

A megafauna era composta por animais de geralmente grande porte que conviveram com os seres humanos e desapareceram após a última era do gelo, que ocorreu há 12-10 mil anos atrás. Entre os principais seres da megafauna estão os mamutes, as preguiças-gigantes, os tatus-gigantes e outras espécies de grandes proporções.

Mamute

Mamute[1]

O mamute, também ao contrário do que muitos pensam, não é uma espécie, mas sim um gênero da família dos elefantes. Existem cerca de 15-10 espécies de mamutes catalogadas, algumas, inclusive, com perfeito estado de conservação.  Apresentavam trombas e presas de marfim encurvadas, que podiam ter 5 metros de comprimento.  Ao contrário de seus parentes que sobreviveram, eles apresentavam pelos que cobriam o corpo inteiramente.

Os exemplares encontrados apresentam cerca de 4-5 metros de altura e 5-4 toneladas, podendo variar conforme as diferentes espécies de mamutes.

Nossos ancestrais utilizavam os mamutes como fonte de alimentação, além de outros usos para seus ossos e couro.  Acredita-se que o homem teve um papel importante na extinção dos mamutes, além, é claro, das mudanças climáticas que também tiveram papel determinante no desaparecimento desse gênero.

Velociraptor

Velociraptor[1]

Outro gênero de dinossauros que viveram no período Cretáceo. Eram um gênero de dinossauros relativamente pequenos, pesando cerca de 80 quilogramas e 1,5-1 metro de altura.  Embora pequeno, era leve, rápido e com o cérebro bastante desenvolvido.  Assim como seu parente de família taxonômica, possuía garras em forma de foice no segundo dedo da pata.  Possuía dentes curvos curvos e serrilhados e, em alguns casos, penas.

Ao que indicam as evidências, eles caçavam em grupos e alimentavam-se de animais de pequeno e médio porte.

Tiranossauro rex

Tiranossauro-rex[1]

Conhecido popularmente como “Rei dos tiranos”, o Tiranossauro rex foi um dos maiores predadores que já habitaram o planeta Terra.  Estima-se também que suas musculosas pernas permitiam que o animal atingisse uma velocidade superior a quarenta quilômetros por hora em uma corrida livre. Hoje, se conhecem mais de trinta sub-espécies de tiranossauros rex, quase todas com fósseis completos em perfeito estado, e é exatamente essa abundância de material fóssil disponível que permitiu que esses animais fossem profundamente estudados pela ciência para se descobrir os principais aspectos de sua biomecânica, apesar de que sua fisiologia e seus hábitos diários ainda são frutos de debate até hoje.

A cabeça do T-rex media cerca de 1,2m de  comprimento e era sustentada por um pescoço curto e forte. Suas mandíbulas eram tão grandes que podiam engolir um humano inteiro. Seus dentes eram grandes e afiados para morder sua presa. Uma vez que o T-rex  mordia sua comida, ela não tinha chance de escapar dos afiados dentes. Se um dente quebrasse nas lutas, ele crescia de novo.

Como foi o primeiro fóssil carnívoro a ser totalmente remontado, tornou-se uma figura extremamente famosa nos filmes e na cultura popular.  Alguns filmes como Jurassic Park colocaram os T-rex como grandes vilões.

Nuralagus rex

Nuralagus-rex[1]

Nuralagus rex era um coelho gigante que vivia há cerca de 3 milhões de anos atrás.  O animal, descrito a partir de centenas de fósseis – incluindo um crânio quase completo –, tinha mais do que o dobro do tamanho do maior coelho encontrado atualmente na natureza.  Ele media quase 1 metro de comprimento e pesava 12 quilogramas – o dobro de uma lebre comum.

O Nuralagus rex tinha alguns traços pouco comuns para os lagomorfos atuais. O esqueleto era bem mais robusto – o que poderia ser apenas um aspecto relacionado ao seu grande tamanho. No entanto, a coluna vertebral era bem mais rígida, o que limitava seus movimentos, sobretudo os de extensão e flexão.

Essa característica, aliada aos membros posteriores proporcionalmente menores quando comparados com os de lagomorfos recentes, sugere que a nova espécie não tinha a capacidade de pular ou correr rapidamente, bem ao contrário do que acontece com os coelhos e lebres de hoje.

Tupandactylus imperator

Tupandactylus-imperator[1]

Outro pterossauro que entra na lista.  Possuía uma longa crista com uma base óssea que se projetava na frente da cabeça, o que sugere que era preenchida por alguma membrana.  Essa estrutura formava cerca de 5/6 de toda a superfície lateral do crânio.

As novas descobertas apontam que um grande número de pterossauros apresentavam cristas.

Oryctodromeus cubicularis

Oryctodromeus-cubicularis[1]

Oryctodromeus cubicularis é uma espécie extremamente especial no campo da paleontologia, pois é o único dinossauro cavador.  Isso mesmo.  O Oryctodromeus cubicularis cavava buracos para se proteger, alimentar-se ou fazer seus ninhos. Esse novo dinossauro pertence ao grupo Ornithopoda, que reúne formas herbívoras. O indivíduo adulto atingia cerca de dois metros de comprimento e a largura de seu torso tinha em torno de 30 cm.

É possível que esses três tipos de dinossauros pertençam a um grupo que poderia se abrigar em tocas. Obviamente, essa hipótese só poderá ser confirmada caso novos achados desses répteis forem feitos em condições que indiquem claramente que eles viviam nas tocas. Os parentes mais próximos de Oryctodromeus cubicularis, que são outras formas de ornitópodes pequenos como o Orodromeus ou o Zephyrosaurus – todos encontrados nos Estados Unidos – poderiam também ser cavadores.

 Gryposuchus croizati

Gryposuchus-croizati[1]

Trata-se de uma  espécie do grupo Crocodylomorpha que recebeu o nome de Gryposuchus croizati  – em homenagem ao  pesquisador italiano León Croizat (1894-1982), especialista em biogeografia. Trata-se de um dos maiores crocodilomorfos já encontrados, com algo em torno de 10 metros de comprimento e peso de quase 1.750 kg.

O tamanho foi obtido por meio de estimativas baseadas no comprimento do crânio em comparação com medidas de animais recentes. A nova espécie se distingue de duas outras do mesmo gênero pela sua dentição, composta de menos dentes (23 superiores e 22 inferiores), e outros traços encontrados no crânio do animal.

Gigantopithecus blackii

Gigantopithecus-blackii[1]

Gigantopithecus blackii foi um dos primatas que conviveram com os nossos ancestrais. A parte interessante é que o Gigantopithecus blackii não é um primata qualquer, mas sim um primata gigante. As evidências apontam que esse primata vagou pela Ásia há 1 milhão de anos até 100 mil anos atrás, quando a espécie desapareceu. Pelo tamanho do molar do macaco (a coroa tinha cerca de 2,54 centímetros de diâmetro), os cientistas supõe que o primata gigantesco tinha cerca de 3 metros de altura e pesava até 544 quilos.

Sua característica mais marcante – seu tamanho superior perante os demais primatas – já gerou algumas teorias mais extravagantes, como a de que o animal ainda está vivo, e pode estar ligado às lendas de Pé-Grande, Yeti, Homem das Neves, etc.

Pliossauros

Pliossauro[1]

Os pliossauros são um grupo de répteis da subordem Pliosauroidea, do grupo dos plesiossauros.  Eram répteis aquáticos, de pescoço curto e cabeça grande, de hábitos carnívoros. Os seus dentes eram numerosos e afiados.

Em 2009, um crânio de pliossauro foi encontrado por um colecionador.  Até aí, tudo bem.  No entanto, calma lá!  É um crânio de 2,4 metros de comprimento, e os cientistas acreditam que poderia pertencer a um dos maiores pliossauros já encontrados, podendo medir até 16 metros de comprimento!

Richard Forrest, um paleontólogo e especialista de plesiossauros disse que o T-Rex era um “gatinho” em relação ao pliossauro.

“Ele era uma enorme máquina para morder, e eram grandes e fortes o bastante para morder um carro pequeno na metade”, afirma o paleontólogo, que também diz que o animal poderia destruir um Tiranossauro Rex em uma mordida.

Anomalocaris

Anomalocaris[1]

Anomalocaris – o nome significa “camarão estranho” – é o mais antigo exemplo conhecido de um predador adaptado para caçar seu alimento. Ele tinha garras formidáveis para agarrar, o que lhe permitiu agarrar sua presa e colocá-la em sua boca. Faltando pernas, deve ter nadado em águas abertas.  Com 90 a 200 centímetros, era o maior animal dos mares do período Cambriano.

Não está claro o que Anomalocaris comia. As evidências apontam marcas de mordida e outros ferimentos encontrados em trilobitas do período, o que pode indicar que o Anomalocaris alimentava-se deles. Mas há sugestões de que sua boca era fraca demais para quebrar suas conchas , daí surge a sugestão que ele pode ter se alimentado de animais de corpo mole.

Microraptor

Microraptor[1]

Microraptor também não é uma espécie, mas sim, um gênero de várias espécies.  Um novo fóssil recém-descoberto de Microraptor que viveu há cerca de 130 milhões de anos atrás, durante o início do período Cretáceo, no que é hoje nordeste da China, mostra que algumas espécies do gênero apresentavam quatro asas e eram bem pequenos – do tamanho de um pombo.

Microraptor zhaoianus é peculiar por sua estrutura e por sua coloração. Na estrutura, destaca-se o fato de ter quatro asas ao invés de duas, já que as patas traseiras também eram dotadas de uma estrutura com penas.

Titanossauros

Titanossauros[1]

Os titanossauros eram saurópodes – comedores de plantas com quatro patas e longos pescoços e rabos. Seus restos mortais foram encontrados em todo o mundo, mas evidências apontam de que eles podem ter percorrido a Antártica.

O novo espécime foi descoberto na Ilha James Ross por uma equipe argentina. Eles identificaram como pertencendo a um Titanossauro lithostrotian do período Cretáceo Superior – cerca de 70 milhões de anos atrás.  A Antártica era, até então, rica em vida vegetal.

[Mistérios do Mundo]